18 maio 2013

Ainda bem que parece estar tudo bem...

Há o frenesim habitual a 24 horas de decisão do título nacional de futebol. Embora o habitual se adeque, ainda e também, a uma certa maneira "habitual" de informar e comunicar. Em circunstâncias habituais de outra natureza, os títulos seriam diferentes, com outros matizes, várias "provacações", muitas insinuações. Assim, resta fazer de conta que está tudo bem, a correr normalmente.

 
Ninguém quer olhar os números e, quem sabe, fazer contas para saber a verdade e desfazer o mito dos 6 milhões. As caixas de comentários de todos os jornais, sobre esta notícia, abundam de observações sobre o reduzido número de benfiquistas que viram a final da Liga Europa. Da audiência do Porto-Benfica, como notei há dias, ninguém quis saber e reforçaria a ideia de o mito desfazer-se como as hipóteses de o Benfica voltar a ser campeão. Levantei a lebre, muitos vislumbraram-na logo mas os cães da matilha da informação fogem da presa como o diabo da cruz... 6 milhões o tanas!
 
Nenhum jornal se pôs a "só fazer as contas", talvez com receio de perderem clientela; ou, pior, darem-se conta de que se preocupam com um potencial de compradores que existe tanto quando o valor imobiliário e mobiliário de antes do crash de 2007/2008. É uma fraude informativa o que está a passar-se enquanto os órgãos de Comunicação Social assobiam para o ar...
 
E enquanto se descobre quem é Jesus e quem é Bruxo - não é o de Fafe que o sebento Queirós acardita, mas um só descoberto agorinha mesmo, na 3ª feira... - , as coisas parecem seguir a via normal dos dias tranquilos em que nada parece passar-se. Avolumam-se as dúvidas sobre incentivos ao Paços de Ferreira, mas não importa levantar a lebre ou vislumbrar o destino da "maletina", como dizem os espanhóis nestas alturas de fim de época, eles que têm uma visão prática e realista das coisas e não as escondem por nada.
 
Fosse a situação classificativa a inversa da actual e as manchetes relatariam suspeitas de movimentações... suspeitas, augúrios de pagamentos por fora e maquinações maquiavélicas de estar a fazer-se as coisas por outro lado... Assim, não há receios de que os pacenses possam receber dinheiro para lutarem o mais possível para adiarem o triunfo, esperado, do FC Porto para ser Tricampeão.
 
Uff, ainda bem. São 14.30h de 6ª feira e nem sequer se sabem os árbitros para domingo... (soube-se a meio da tarde, nem é da AFPorto, mas o Hugo Miguel de Lisboa, vá, o vi-te ó Pereira cedeu outra vez mas podia ser pior, muito pior!)  Os treinadores retardam as conferências de Imprensa como Jesus a intenção de renovar, levando a um prolongamento em que forçosamente sairá, ao menos aqui, vitorioso, podendo cantar vitória de mais uns milhões em caixa à conta de um suspense sobre o seu futuro, como sucedeu há dois anos e sucede de cada vez que, ao invés, se duvida sobre a continuidade do treinador campeão no FC Porto para meter as fichas no casino de treinadores em que, monetariamente, só há um a ganhar mas faz por ganhar... nos descontos...

ACT: Oooops, afinal o correio da manha preferiu não dar conta de incentivos aos pacenses ou, quiçá, de ameaças aos pacenses, optando pelo trivial recurso ao Pífio Dourado. Evoca a presença circunstancial de Hugo Miguel e junta uns pozinhos de Pinto da Costa perder a guerra de sucessão no FC Porto sabe-se lá porquê porque lá dentro não vem nada. O nojo do costume ainda a tempo do jogo do título, mas amanhã é outro dia...
 
 
Os dirigentes pacenses fazem uma estória corriqueira de tráfico de bilhetes, ignorando que a maioria dos adeptos pacenses são portistas com alguns benfiquistas de permeio.
 
Quando tudo parecia poder cair em polvorosa informativa e indicativa dos humores e das "fezes" em presença, há um silêncio de sepúlcro. Ainda bem que parece estar tudo bem...

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