06 maio 2013

"O Benfica é isto"

Foi há um ano no hóquei e no básquete, agora é no vólei.

Benfica já festejou, mas a final deverá ser repetida

por João Ruela, com Lusa
 
O Benfica festejou o título de campeão nacional de voleibol, mas um erro na contagem, reclamado pelo Sp. Espinho, pode levar à retoma com jogo, com 14-14 e serviço para o Espinho no 5.º set. O Sporting de Espinho defendeu no sábado à noite, em comunicado, que o árbitro ordenou o recomeço do encontro com o Benfica, após detetar um erro na formação "encarnada" no ponto decisivo do terceiro jogo da final do campeonato português de voleibol.
"A equipa de arbitragem, após protesto do Benfica, inverteu o resultado que estava em 14-13 favorável ao SC Espinho para 13-14 favorável ao Benfica, alegando erro na formação da nossa equipa e que nós, desde já, reconhecemos como tendo ocorrido", lê-se na nota.
De acordo com a nota, os espinhenses defendem que o jogador do Benfica Rafael Vinhedo efetuou o serviço com o marcador do quinto "set" em 14-13, quando estava impedido de o fazer.
"Ora, o mesmo atleta tinha já efetuado o serviço anteriormente ao ponto conquistado pelo SC Espinho (na altura o 13-13) pelo que deveria ter existido rotação, o que não se verificou", consideram os "tigres", que, "imediatamente após o ponto disputado", protestou.
Segundo a nota do Espinho, "após conferência, e já com a equipa do Benfica a festejar, a equipa de arbitragem e a mesa detetaram o erro e retificaram o resultado para 14-14 dando indicações para que se retomasse o encontro".
"Apesar da equipa do SC Espinho e a equipa de arbitragem se posicionarem para retomar o jogo, a equipa do Benfica recusou fazê-lo alegando não existirem condições no pavilhão para se jogar, decisão que teve a concordância do delegado ao jogo", refere.
O clube, "mantendo-se o protesto do Espinho ao último ponto disputado, assim como a decisão da mesa e equipa de arbitragem em retomar o jogo", fica "a aguardar uma decisão urgente por parte da Federação Portuguesa de Voleibol que, face ao exposto, terá obrigatoriamente de passar pela retoma do jogo aos 14-14 do 5.º 'set' com serviço a favor do SC Espinho".
No final do encontro, o Benfica festejou a conquista do título, com um triunfo por 3-2 (25-20, 20-25, 15-25, 25-22 e 15-13).
in DN

José Jardim: «O Benfica é campeão com todo o merecimento»
técnico da águia esclarece lance polémico
O técnico do Benfica, José Jardim, não percebe a polémica que envolveu o último set da partida disputada no Pavilhão da Luz e que ditou a vitória dos encarnados.
"Para mim não há dúvidas. O Benfica é campeão nacional com todo o merecimento. Foi dado o 14-13 ao Benfica. O Benfica serviu, ganhou o ponto e é um justo campeão. Quando o Benfica vai servir ninguém viu ninguém a contestar quem estava a servir. No ano passado também perdemos e reconhecemos a superioridade do adversário. Agora têm de fazer o mesmo", começou por dizer.
"O Espinho não é uma equipa de coitadinhos. Tem dos melhores jogadores nacionais. O Benfica tem dos melhores presidentes, que tem cumprido religiosamente com tudo o que está previsto. Para mim o jogo está fechado. O Benfica seguiu as indicações dos árbitros. Foi o Benfica que se enganou? O jogo esteve interrompido. O Vinhedo serviu por indicação da equipa de arbitragem. Esta foi das temporadas mais feridas. Tivemos muitas infelicidades", acrescentou depois, explicando o que se passou no quinto e decisivo set.
O técnico das águias revelou ainda que João Coelho jogou lesionado e defende outro modelo de competição.
"Não concordo com este modelo de campeonato. Não sou contra o 'play-off'. Qual a modalidade em qualquer país que tenha duas fases para haver um 'play-off' de apuramento de campeão? O fardo que estava nas costas do Benfica era muito grande. E o facto do Sp. Espinho ter estado a vencer 2-1 pesou imenso e a equipa recuperou bem. Reagiu e acreditou, mesmo estando a perder no quarto parcial. Não podíamos era desacreditar".
"Dedico este triunfo ao presidente Luís Filipe Vieira pelo carinho e apoio por todos os momentos que passámos. Nunca desacreditou na minha pessoa, mesmo quando perdíamos por um ponto, como aconteceu em Espinho", terminou.
in Record


Hugo Silva: «Estou disposto a vir a Lisboa jogar novamente»
técnico espinhense não dá por entregue o título
 
Hugo Silva defende que o jogo não terminou e não aceita que o Benfica seja declarado como novo campeão nacional, acrescentando que o Sp. Espinho apresentou um protesto do jogo três da final do campeonato nacional de voleibol.
"O jogo está a decorrer. O árbitro não deu por terminado o encontro. Fiquei à espera que o jogo continuasse. O árbitro achou que não havia condições para continuar. O boletim está assinado com o 15-13, mas está um protesto. Nós queremos é jogar. A nossa missão é tentar surpreender e de alguma forma justificar o trabalho desta época. Estou disposto a vir a Lisboa jogar novamente. Está nas mãos da federação. A federação tem de decidir em tempo urgente. Não gostava de estar na pele de quem decide", começou por dizer.
O técnico espinhense explicou que houve erros com as três equipas envolvidas no jogo.
"A equipa de arbitragem não tem de transmitir nada e assume que houve um erro e queria continuar o jogo. De certa forma teve alguma culpa. O jogo não recomeçou porque o Benfica começou a fazer a festa. Houve um erro nosso, assumimos, que deu o 14-13. O Vinhedo não deveria ter servido. O árbitro reconheceu que houve um erro e queria continuar o jogo. O Benfica não tem de decidir nada".
"É um dia mau para a propaganda da modalidade. Não queria ganhar assim. Espero que não seja o título da vergonha. Uma equipa abandonou o recinto de jogo quando o árbitro quis retomar o jogo. O cenário mais lógico seria a repetição do jogo, dentro da repetição do jogo a partir do 14-14. O que não queria era ganhar já o jogo assim", concluiu.
in Record
 
Vítor Pereira, lembro eu, teve uma frase lapidar, mas exemplificativa e de algum modo fracturante, após o 2-2 de Janeiro na Luz. Arrependeu-se, depois. Na época passada tinha ido mais longe, pessoalizando no treinador rival. Depois arrependeu-se. Vítor Pereira ainda não aprendeu, se calhar nunca irá a tempo, com quem lida e a forma de tratar quem deve lidar-se de maneira muito própria e directa. Continua a ser confrontado com má-criação, saloiice e miséria intelectual. Vítor Pereira, e o FC Porto, não sabe o que é o Benfica e a Imprensa de Lisboa. A do Porto não existe. Ele devia ter-se posto no lugar que era o dele. Perdeu também no jogo de palavras e por querer ser sincero à moda do Norte. Esses são sempre fodidos. Os outros são levados ao colo e postos no altar. Vítor, o Benfica sempre foi isto, é isto e será isto. É a imagem do Portugal palonço e serôdio. Sem emenda.

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