Os adeptos podem ir esperar o Benfica outra vez ao aeroporto em mais uma vitória moral a que a SIC deu uma força descomunal depois da ajuda do árbitro caseiro holandês.
Um parolo ao microfone pedia um amarelo a Torres por simulação quando era penálti e expulsão de Luisão. Não se faz, aquele Kuijpers foi um indecente, como quando negou um penálti sacrossanto na Supertaça da época passada no Mónaco com o Barcelona - mas no currículo deste bimbo laranja ninguém evocou essa preciosidade.
Outro parolo ao microfone reclamava um fora-de-jogo num pontapé de canto, mas o árbitro, sabe-se lá porquê, não estava para aí virado, esse paspalho da casa que permitiu o costumeiro jogo faltoso de Matic - à vontade levava uns quatro amarelos... - e Enzo Perez.
Outro ainda teve memória e evocou a 8ª bola no poste em 9 jogos na baliza de Artur, mas no fim foi lamentar a falta de sorte junto de Jorge Jesus.
Pela SIC ganhava o Benfica.
A SIC contabilizou muita pose de bola para o Benfica como argumento para a vitória, um argumento não contabilizado na superior posse de bola do FC Porto no clássico.
A SIC chorou com Gaitan, Cardozo e não sei quem mais na bancada, claro que chorou junto de Jorge Jesus e declarou o Benfica vencedor como a Benfica TV anunciava 1-2 no marcador quando Kelvin marcou no Dragão.
A SIC entusiasmou-se com o futebol ofensivo do Benfica que criou muitas meias-oportunidades de golo, mas não se perguntou onde andou o futebol ofensivo do Benfica que não criou qualquer oportunidade de golo no Dragão e não fez um só remate à baliza em jogada de bola corrida.
A SIC ouviu Jorge Jesus queixar-se de um golo de bola parada no cabeceamento de Ivanovic, como se o penálti de Cardoso, mais oferecido do que conquistado, fosse uma jogada de génio do Benfica.
A SIC esqueceu o apagão do Benfica no Dragão para enchê-lo de luzes cintilantes, só com meias-oportunidades de golo em que Cech não fez uma verdadeira defesa a não ser um remate em jeito de Cardozo, mas não perguntou a Jorge Jesus porque razão, a precisar de uma vitória para ser campeão no campo do adversário, o Benfica não atacou a defesa do FC Porto.
A SIC, enfim, viu Melgarejo em campo e não perguntou porque ficou no banco com o FC Porto.
A SIC, ainda, viu Rodrigo e Cardozo na frente de ataque mas não perguntou porque jogou Lima - e depois o seu substituto Cardozo - tão só no ataque.
A SIC encheu o Benfica de elogios e verteu as mesmas lágrimas, mas não percebeu que só a sorte de mais uma bola no poste de Artur, um penálti negado ao adversário, expulsões por fazer de Luisão e Matic levaram o jogo de Amesterdão para os descontos, como a obstinada defesa do Benfica levou o jogo do Dragão aos descontos.
A SIC lá acabou a unir a desgraça benfiquista no maldito relógio que não pára nos descontos, sendo que os descontos de Proença foram bem poupadinhos...
A SIC não percebeu que, enquanto chorava com o Benfica, os jogadores do Chelsea atiravam ao ar, vitoriando-o, um certo Paulo Ferreira que ganha em anos consecutivos as duas taças europeias que, pela ordem contrária, já ganhara no FC Porto em 2003 e 2004.
A SIC não quis saber porque Jorge Jesus não foi ousado no Dragão, não jogou com dois pontas-de-lança como é costume, não jogou com Melgarejo.
A SIC partilhou a sorte do Benfica com tantas bolas nos postes e proteccionismo arbitral, ao ter dado só o Sporting na fase de grupos ostracizando a Académica e o Marítimo, apanhando o Benfica caído da Champions numa opção vergonhosa da UEFA que dá resgates a clubes já abençoados por prémios milionários. Na próxima época, a SIC não terá o Sporting na fase de grupos, mas V. Guimarães, Braga e talvez Estoril (Rio Ave?; Marítimo?) sabe-se lá que Benfica ou FC Porto caídos da Champions.
A SIC podia ser a Benfica TV. Jesus até diz que "a haver um vencedor seria o Benfica". Não sei deve devo ir cagar ou dar corda ao relógio...
De vitória em vitória derrota em derrota, um descalabro.
Domenech viu os jogos lá longe mas percebeu o essencial: o ex-seleccionador e vicecampeão mundial em 2006 não tem categoria para ser comentador da SIC.
Domenech viu os jogos lá longe mas percebeu o essencial: o ex-seleccionador e vicecampeão mundial em 2006 não tem categoria para ser comentador da SIC.
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