Kelvin marcou o golo da época, aos 90', para o FC Porto ganhar 2-1 e superar o Benfica na tabela com um jogo por fazer em P. Ferreira.
Kelvin, que em linguagem científica significa -273ºC, o zero absoluto onde nenhuma forma de vida subsiste, passa a ser o pico da emoção na História do FC Porto e elevou a milhares de graus a temperatura do bicampeão, arrasando a prosápia do Benfica que se limitou ao jogo pequenininho de equipas sem ambição.
Kelvin, tal como com o Braga a bisar para conferir a vitória (3-1), foi uma das raras opções disponíveis para Vítor Pereira fazer mossa no ataque, metendo ainda Liedson a par do desamparado e esgotado Jackson, que nem viu jogo, nem bola e parecia ter gasto a época toda como os jogadores do Benfica que não podem com uma gata pelo rabo e chegaram sem ambição de serem campeões no Dragão. Mas foi a lançar a bola na esquerda em Liedson e com o passe deste a solicitar Kelvin na área para um remate cruzado de primeira, rasteiro e indefensável, com uma técnica primorosa de remate e precisão suficiente para não dar hipótese a Artur, no que A Bola considerará amanhã um golo perfeito, magnífico, sublime e digno de campeão, que o FC Porto porfiou e chegou à vitória.
Até Liedson acabou por ajudar e em tempos, comentando a sua inutilidade como reforço numa equipa que, também com Izmailov, não acertou nas contratações de Inverno, aludi que com um bocadinho de sortilégio no futebol ainda Liedson poderia dar o golo do título.
Estará marcado para Paços de Ferreira? Dignamente, com o 3º classificado e brilhante apurado para a Liga dos Campeões?
Mérito para Vítor Pereira, ao arriscar tudo o que era possível com tão poucas opções comparativamente com o adversário. O técnico do FC Porto já não é, depois do triunfo insofismável da época passada, o ex-adjunto que supera o mestre da táctica mas o treinador com credencial de campeão que assume o estatuto e derrota de novo o treinador da treta e da basófia que especulou com o resulado e porfiou a defender (Roderick por Gaitan) com meia hora por jogar, trocando depois de avançado (Cardozo por Lima) na tal forma diferente de Jesus enfrentar o Porto com ar de equipa pequena e à espera de um golpe de sorte.
O FC Porto criou apenas algumas ocasiões de golo mas mereceu a vitória que esteve para não acontecer e sucedeu no último remate do jogo pautado pela tendência de ferrolho benfiquista.
O Benfica marcou um golo de lançamento lateral e após vários ressaltos, com Lima a desviar, e o 1-1 surgiu também num golpe fortuito, no cruzamento de Varela desviado em Maxi.
James ainda atirou a um poste, já o Benfica defendia porfiadamente e procurava as bolas longas do futebol "isto é o Benfica". Danilo, com os bofes de fora e rendido por Liedson para Defour recuar depois de ter entrado pelo lesionado Fernando, deu profundidade ao futebol portista na ofensiva, tal como Alex Sandro de regresso à lateral esquerda, mas jogar em profundidade foi mesmo com o Benfica.
Postura defensiva sem rodeios, Lima lá na frente, sozinho, Gaitan no apoio mas a esgotar-se fisicamente tal como Sálvio, John com cãibras frequentes, nenhum médio do Benfica para chegar ao ataque, entrou Aimar pelo desgastado holandês que se arrastava em campo, o Benfica foi a basófia do costume, jogando para o empate, tentando chegar ao fim e dizer que defendeu bem e merecia o pontito que procurava.
Nem é isto a alma de um campeão, nem categoria de jogo. O FC Porto, outra vez, mostrou mais futebol e nunca na Luz jogou amedrontado para o empate. É a diferença que se vinca agora na Liga, onde é imposta ao Benfica a 1ª derrota que João "Pode vir o João" Ferreira fez por não acontecer.
A verdade do campeonato é esta, o teste do algodão não engana, o FC Porto comprovou ser melhor, sabendo sofrer mas mostrando ter a gana e a capacidade futebolística que o Benfica não tem.
Digam agora o que disserem, o meu vaticínio foi sempre este.
O Benfica sem ambição e sem estaleca física não aguentará o Chelsea na Liga Europa e tenho sérias dúvidas que de vitória em vitória de derrota em derrota ganhe ao Moreirense aflito para se manter mas capaz de não perder na Luz.
Adivinha-se uma semana de lágrimas em Lisboa, onde o Sporting acabou de perder o acesso europeu, mas só se o FC Porto triunfar na Mata Real. Acabar campeão sem derrotas, como um rei.
ACT: ATÉ O BARÇA É CAMPEÃO SEM JOGAR, CARAGO!
ACT: ATÉ O BARÇA É CAMPEÃO SEM JOGAR, CARAGO!
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