Além dos pontapés na gramática, que muitos perdoam em nome do estereotipo global do futebolês e decerto só porque é do Benfica e da Amadora mais propriamente, Jesus só fala de arbitragens, chora em bom português que ele critica nos outros, quando se acha prejudicado; banaliza coisas triviais do futebol como o calendário - e disse em Leverkusen que ainda tem 3 jogos em casa para fazer na Champions, que aquilo do Zenit deve ter sido um bom treino para os russos. Mas agride bastas vezes a inteligência das pessoas e até a cultura alheia, lembre-se a menção aos quadros de Paula Rego e uma afinidade com a pintora, qual não interessa, ninguém tem já a ideia e só lembraria ao diabo.
Será ridículo atermo-nos no pormenor revelado de ter engravidado para não estragar o prazer do parceiro sexual (sic), que decerto duraria o tempo suficiente para o teste positivo largos dias depois, como se uma inculta se convencesse disso. Enfim, soa a uma boutade como as de Jesus: sacudimos a cabeça incrédulos, achamos que não tem emenda e temos de aturar estas coisas.
Para associar o bronco do benfas à tromba horrível da pintora seguramente desfigurada pelas agruras da vida, só mesmo pensando que algum aborto deu à luz mesmo e temos o lindo panorama que se sabe e a estupidificação natural impregnada que leva a Imprensa a dar espaço a um intratável sem lhe esmiuçar as cavaladas e uma tipa entrevistada a falar da sua vida íntima quando tal coisa poderia ser a única e última que se pudesse imaginar existir. Mas a admiração é recíproca e para colorir a tela nada como uma vitória tremidinha, tremidinha no Jamor para a epopeia com o Rio Ave sugerir uma obra de milhões.
Sim, porque tudo parece abstracto, teríamos vergonha pensar que fosse possível. Mas é o que há.
Sim, porque tudo parece abstracto, teríamos vergonha pensar que fosse possível. Mas é o que há.
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