O FC Porto mostrou a melhor cara de campeão e vulgarizou o Málaga mesmo vencendo só por 1-0 mas sem permitir qualquer remate ao adversário, o que é talvez ainda mais notável do que marcar à melhor defesa da Liga espanhola e derrotar uma equipa que passeou sem perder no grupo com Milan, Zenit e Anderlecht. Pellegrini poupou alguns habituais titulares, incluindo Eliseu e Duda, jogando para minimizar os danos mas teve sorte em adiar tudo para a 2ª mão, a 13 de Março, pelo menos até o FC Porto não voltar a marcar a Caballero. O melhor do Málaga acabou por ser o lateral-esquerdo Antunes, contratado em Janeiro, numa equipa que trocou o habitual 4x3x3 por dois médios-defensivos Iturra e Toulalan e dois pontas-de-lança, com Julio Baptista de regresso de lesão ao lado de Santa Cruz mais dscentrado e caindo preferencialmente para a esquerda como a explorar as subidas de Danilo. Mas o Málaga não teve bola e só 39% de posse é contrário ao seu estilo habitual, o que confirma a superioridade portista (61%) mesmo que sem mais do que duas claras oportunidades mas que seriam merecidas e suficientes para arredondar o resultado e sentenciar a eliminatória.
O 3-0 seria o resultado ideal e ajustado ao jogo brilhante de posse, pressão e pendor ofensivo do FC Porto. Isto sim, é uma exibição de topo, de nível, de campeão e 1-0 escasso e não fruto do acaso e da especulação com o jogo e o resultado. Izmaylov e Jackson tiveram ocasiões para abrir antes de Moutinho desviar um passe maravilhoso de Alex Sandro, para mim o melhor em campo e que contrastou, na sua incisividade ofensiva e percutante até à área, com o jogo trapalhão e indefinido do colega na direita, Danilo cujo melhor aspecto pode ser o de ter atacado sem dar hipóteses às iniciativas de Isco nem temer que Santa Cruz descaísse para aquele lado...
Iturra, como vi num jogo com o Barcelona, é o Matic caceteiro de serviço que viu um amarelo, algo inacreditável para poder ser mostrado a Sanchez, o lateral-direito que conseguiu fazer umas oito faltas e não ser admoestado, tal como Toulalan. O Málaga quis ser saco de pancada, mas fartou-se de baixar o pau para travar o FC Porto, incapaz de responder à bitola de futebol de Liga das Estrelas que se costuma chamar ao campeonato espanhol. Foi pena o FC Porto querer fazer tudo depressa e bem, pecando na lucidez do último passe ou melhor opção de remate, de novo com muita precipitação na hora de atirar, normalmente mal, à baliza. Mesmo em situação de assédio junto á área, faltou iniciativa e melhor entendimento da opção óptima, o que também é mérito do Málaga por defender muito bem e ter defesas fortes a pé fixo, sendo que só Antunes logrou passar a linha de meio-campo. Por alguma razão o 4º classificado da Liga espanhola acabou com 54-53 golos no cartório e agora é a defesa menos batida (21 sofridos, 37 marcados), embora já estivesse melhor até final da 1ª volta. O Real Madrid perdeu 3-2 na Rosaleda, onde o Barça marcou 3 golos na Liga e 4 na Taça do Rei.
A nota dos jornais online espanhóis é para o golo em (milimétrico) fora-de-jogo, numa desmarcação muito rápida, de Moutinho e não para o jogo estupendo de positividade e afirmação do FC Porto, deitando o Málaga por terra no que é o terceiro jogo de espanhóis sem vencer e com duas derrotas, depois de Valência e Real Madrid em casa. Hoje joga o Barça em S. Siro.
A nota dos jornais online espanhóis é para o golo em (milimétrico) fora-de-jogo, numa desmarcação muito rápida, de Moutinho e não para o jogo estupendo de positividade e afirmação do FC Porto, deitando o Málaga por terra no que é o terceiro jogo de espanhóis sem vencer e com duas derrotas, depois de Valência e Real Madrid em casa. Hoje joga o Barça em S. Siro.