25 fevereiro 2013

Incredi Bale!

Este tipo, talvez o melhor pé esquerdo da actualidade depois de Messi, tem marcados golos fenomenais ultimamente. Desde os dois em casa ao Lyon (2-1) a outros no campeonato. Hoje fez dois e voltou a marcar o decisivo no último minuto, com um pontapé fenomenal (3-2 no West Ham, que ele abriu e fechou dando a volta ao 2-1 para os Hammers no último quarto-de-hora)
O Tottenham já é 3º, acabou de passar o Chelsea na Liga inglesa, está so a 5 pontos do campeão M. City que é 2º e Villas-Boas surfa numa onda maior do que a da Nazaré.

Bale vai em 15 pontos ganhos para o Tottenham com 15 golos dele. Melhor só van Persie, 22 pontos de 19 golos marcados para o M. United. Vai reencontrar o Inter na Europa, depois de ter feito sozinho 3 golos em S. Siro para a Champions, mesmo perdendo 4-3 (esteve 4-0). Foi a partir daí que despertou e é cobiçado pelos grandes do continente. Galês, mesmo o UK é pequeno para ele. Fala-se insistentemente do Real Madrid, que foi buscar por 35ME Modric ao Tottenham sem fazer falta ao jogo que Mourinho prefere pelos flancos e em contra-ataque puro.

E ainda se fala de pressão, cansaço, calendário apertado em Portugal. O Tottenham defronta domingo o Arsenal (a 4 pontos), a meio da eliminatória europeia com o Inter (!) tem outro derby (Fulham), depois vai a Liverpool e após a paragem do campeonato (selecções para o Mundial) retoma com jogos com Swansea (f), Everton (c), Chelsea e Manchester City. Uau!

Em tempo, o balanço da jornada
Por fim: há anos que deixei de ver programas da bola: paleio é absurdamente estúpido e imagens são de uma pobreza desapontante. Os resumos são como lixo pintado a cor-de-rosa como se fosse de revistas de glamour e a pedagogia é de caverna no pior sentido. Depois, repetem-se todos e copiam o pior de cada um. Incrível. Isto conhecendo a realidade da paróquia. Nem sequer lograram alguma vez imitar a simplicidade do Domingo Desportivo espanhol que por muitos anos esteve inalterável na RTVE: objectivo e impecável. Aliás, só os primeiros tempos do DD de cá, nos anos 80, valiam alguma coisa mesmo, até Mário Zambujal era o pivot, imagine-se, com um bimbo como Miguel Prates só para ler os resultados. A mediocridade actual nasceu assim, sem aprender com o melhor do passado e copiando a merda do presente, nunca abrindo uma janela para fora, incapazes de compreender ou, sequer, de traduzir um francês, inglês ou italiano, parecendo o espanhol mesmo distante.

Hoje, ao rever ao fim de tanto tempo o balanço da jornada na Sky Sports, com Gary Neville, até dá vontade de chorar e, se possível, emigrar. O uso das novas tecnologias, o recurso fácil à melhor jogada, aos resumos num toque de ecrã, à selecção de movimentos com o ex-internacional que mexe no tablet tão facilmente quanto jogava simples, além de um moderador que conduz a emissão como se a bola estivesse a correr no cenário e sempre com iminência de golo feito, continua a cobrir de vergonha as emissões das tv's da parvónia que não saem do lodaçal em que estão.