Já nos habituamos ás justificações de "mal- perdedor", sejam elas assentes em jogos viciados, neste caso insinuando mais do que provando, como também à falta de qualidade das equipas que o FCPorto leva sucessivamente vencidas, menosprezando-as ao máximo, tudo isto para tentar retirar todo o mérito das vitórias à equipa portista.
Ultimamente, surgiu uma moda que tenta justificar as consequentes vitórias no campeonato da equipa azul e branca: as dependências.
Criou-se a ideia de que o FCP só ganha devido à dependência de um jogador, que a equipa não renderia o mesmo se esse atleta não jogasse, ou até se os adversários conseguíssem anulá-lo dentro do campo, seja de que maneira for, seria mais fácil levar de vencida a equipa bicampeã nacional.
A ideia de que o FCP era " Quaresma e mais dez" foi "vendida" durante toda a época passada, e no inicio desta época tudo iria dar ao mesmo, quando na primeira jornada Quaresma carimbou com um golo uma brilhante vitória frente, ao sempre difícil, Sp. Braga. Entretanto, as vitórias começaram a aparecer e a imprensa tratou de criou de criar mais fantasmas de "dependência" na equipa do FCP, os sucessivos golos de Lisandro Lopez e, por fim, a simples presença de Lucho, aliada ao facto da equipa não perder desde que o "El Comandante" entrou na equipa foram, mais uma vez, a justificação das vitórias portistas.
Mas, onde é que quero chegar com isto tudo?
Quero, certamente, dizer que, desde que comecei a ver que, afinal, o futebol é muito mais do que 22 homens, 11 para cada lado, que estão 90 minutos a disputar a posse de uma bola e no final ninguém quer saber da mesma, percebi que o futebol é um desporto colectivo, e que a equipa que ganha, quase sempre, é a mais forte, a mais capaz e a mais unida colectivamente, por isso não existem nenhuns segredos nas vitórias portistas, a não ser na questão que somos mais fortes do que as outras equipas por muito que isso custe a ver a alguns sósias do Mr. Magoo.
Até mesmo os devaneios tácticos de Quaresma ou as arrancadas individuais do Bosingwa são tudo em nome de um colectivo e do seu objectivo traçado, ou seja, ganhar. Uma equipa que é dependente de um só jogador, não será nunca uma equipa tão dominadora em todos os sectores do campo, tão pressionante e, também, tão ganhadora como a do FCP, e é isso que os "críticos" do futebol não percebem.
Já, anteriormente, na defesa não se tinha notado, primeiro, a ausência de Pedro Emanuel e, posteriormente, da falta de coordenação entre Stepanov com Bruno Alves, além das sucessivas alterações nas laterais.
O que o FCPorto tem vindo a demonstrar nesta época, até mais do que as anteriores, é que não precisa de ser dependente de um jogador para ganhar, que quando entra em campo é mesmo uma equipa, na verdadeira acepção da palavra, um conjunto difícil de quebrar e de vencer.
Se os resultados, e todos os números positivos inerentes a esse facto, estão aí para desmascarar falsas suspeitas, as exibições do FCPorto estão a começar a melhorar a olhos vistos esperando a nós, como adeptos, que sigam esta senda vitoriosa por muito tempo, enquanto os nossos adversários vão percebendo que afinal o problema está nas suas distracções em olharem demais para a casa dos outros para justificarem os seus próprios erros.