Depois da promessa de vender os direitos televisivos por 40ME a algum operador, que não existia sequer, fracassando este e a intenção do clube que "optou" por ficar com o futebol de trazer por casa e que tem custos associados e não as vantagens propagandeadas, temos que, alegadamente, mas dando um desconto a tanta fantasia e a mais uma série de mentiras que enganam só os incautos, o Benfica terá recusado vender jogadores, este Verão, por cerca de 130 ME. Há um mérito de Vieira, sem dúvida, o de enfiar trapaças a parolos. O problema é mesmo a verdade e a razão das coisas.
É claro que, me(r)diaticamente, pode transformar-se um problema e uma noção de Economia num título sem nexo como este, para além das perguntas de retórica e das respostas preparadas para perguntas de encomenda. Este tipo de entrevistas fazem-me lembrar o Zé Alberto do Carvalho e a Judite de Sousa ao Sócrates da licenciatura falsa.
É claro que, me(r)diaticamente, pode transformar-se um problema e uma noção de Economia num título sem nexo como este, para além das perguntas de retórica e das respostas preparadas para perguntas de encomenda. Este tipo de entrevistas fazem-me lembrar o Zé Alberto do Carvalho e a Judite de Sousa ao Sócrates da licenciatura falsa.
Ou seja, o custo de oportunidade passou dos 40ME, com os direitos TV, para 130ME, em transferências de jogadores. São já dois custos, ainda que em rubricas diferentes.
Esta é uma noção básica que se aprende em qualquer curso, mesmo para iniciantes e amadores, de Economia. O custo da melhor alternativa, face a um negócio que se recusa, chama-se assim. E, sim, é um custo. Só uma coisa melhor justifica optar por esta coisa melhor, desde que garanta igual ou maior encaixe.
Quando já se sabe de mais 10ME no exercício terminado em Junho e no aumento do passivo para 440ME, eis uma demonstração de gestão para saloios.
Em Portugal, a onda vermelha tem uma estranha noção de Economia, rentabilidade, investimento e financiamento. Assim, com problemas de capital o socialismo utópico implodiu no Leste europeu. O Estado Social entrou em falência nas Democracias ocidentais. E, claro, Portugal está como está, mas os cidadãos alheiam-se da economia e o "jornalismo de causas", ignaro e acrítico, vai na onda.
O Sporting já demonstrou querer inverter a tendência suicida: não tinha outro caminho.
O Benfica, como Portugal socialista, quer dar mais um passo rumo ao abismo. E di-lo convictamente, fazendo: mais contratações, nenhuma venda significativa, custos operacionais elevadíssimos e nenhuma garantia de sucesso desportivo mas apenas de suicídio desportivo. Bagão Félix, por exemplo, podia fazer um exercício de esclarecimento de coisas práticas em vez de também papaguear dichotes desportivos e comentar orçamentos alheios. Isto é, se tivesse moral e fosse sério aquele que mais contribuiu para o massacre de despedimentos colectivos sem restrições quando teve a pasta do Trabalho há 10 anos: para quem não sabe, alargou a base de "recrutamento" para as empresas, mesmo lucrativas, não terem restrição alguma para despedirem a partir de um mínimo de 6 trabalhadores.
Como é que coisas tão simples e números tão básicos não fazem confusão a este tipo de "experts" e 40ME ou 130ME iriam causar engulhos psicológicos ou traumas existenciais?
Mas o custo de oportunidade esbanjado pelo Benfica não nos custa nada, diga-se. Mas é o sintoma da doença generalizada. E a iliteracia dominante.
É claro que os jornaleiros de meia tijela que deixam Vieira fazer acusações gratuitas como se tivesse moral, e conhecimento de causa, para falar, não são obrigados a saber noções básicas de Economia. Nem os comentadeiros de ocasião. Afinal, não sabem nem de Deontologia nem da ética e equilíbrio da sua profissão. Só acompanham a Demagogia reinante e fácil, para a qual nem é preciso tirar um curso.
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