Quase todos os grupos da Liga dos Campeões estavam praticamente decididos e os da Liga Europa também (neste caso até está quase tudo decidido). À última hora, o B. Leverkusen superou o Shakhtar e apurou-se até com saldo negativo de golos (9-10) depois dos cinco sofridos na última ronda com o M. United. A decisão do 2º/3º lugares entre Galatasaray e Juventus, em que só o triunfo dos turcos alterará a ordem favorável aos de Turim, foi adiada para amanhã devido à neve. Curiosamente, dois golos aos 90', em Moscovo (3-2) e em Plzen (2-1) valeram aos checos chegar à Liga Europa, por terem marcado mais golos fora do que o CSKA a quem deixaram para trás, num Grupo D que já estava tão decidido que nem o triunfo do M. City em Munique tirou os campeões europeus do 1º lugar (3-1 fora contra 2-3 em casa).
Isto para dizer que, além de tudo, o Benfica jogou pelo segundo ano consecutivo contra um adversário nas "reservas" e voltou a não passar do 3º lugar, como depois do 0-0 de há um ano com o Barcelona B. Na época do plantel mais caro de sempre, com a final da Champions na Luz que criou discursos dissonantes no início da prova (é objectivo ou não é objectivo?), com Matic ainda recentemente a julgar-se no 1º lugar sem o estar e a garantir ganhar tudo na bazófia do costume, nem com dois golos oferecidos pelos centrais do PSG B o Benfica chegou ao 2º lugar.
Dois fracassos sonantes, ante adversários já apurados e recauchutados profundamente, não permitiram ao Benfica ir mais longe, mas o seu treinador já vislumbra mais uma época de sucesso. Aliás, o desinteresse da maioria dos jogos da Champions e a definição classificativa extemporânea não só reduzem o entusiasmo como descredibilizam uma prova em que o risco de uma equipa jogar sem interesse e poupando jogadores pode favorecer terceiros. Barcelona e Paris SG, candidatos ao título europeu, mancham a competição em que os pernas de pau nem assim lhes ganham de modo a apurarem-se.
Note-se que o fracasso da época passada, de resto complementado com os diversos condimentos das derrotas nas provas domésticas, não impediu, a partir de Fevereiro, que a época passasse a ser positiva segundo a Imprensa regional, acabando mesmo em gáudio pela final europeia atingida.
A UEFA continua a dar segundas oportunidades aos derrotados endinheirados - como o Chelsea na época passada -, além de insuflar de pontos para o ranking e a viciação fraudulenta das posições para os potes do sorteio pela acumulação permitida. O Chelsea vencedor da Liga Europa logrou 26 pontos na época, enquanto o Real Madrid somou apenas 25 atingindo a meia-final da Champions. O Benfica, do supra-sumo Jesus, vai pela terceira vez em quatro anos prosseguir na Europa sem o justificar mas é tudo um sucesso muito grande que os escribas regionais não lamentam e não vergastam Platini por esta farsa contínua em que se tornaram as provas europeias.
Sic transit gloria mundi.
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