Tinha escrito, depois eliminei, agora reponho a coisa porque o João Gonçalves dedicou umas linhas às v(n)ossas queridas televisões, que entretanto li depois do jantar e ainda incrédulo pela forma como o Liverpool, desfrutando de oportunidades flagrantes mas concedendo golos de principiantes, perdeu com o Manchester City, imerecidamente, onde o melhor futebol sucumbiu à equipa mais madura e matreira.
O que tinha ensaiado era sobre o assolapado amor da RTP pelos nossos emigrantes da bola mais renomados. Podem fazer a propaganda que quiserem, enquanto continuam a assassinar a imparcialidade jornalística que pode ser, aqui e ali, quebrada com uma "mentira piedosa" como se não fizesse mal a alguém. Mas não se pode abusar, assim:
- Ronaldo estará "imparável", segundo a crónica do comicieiro de serviço, mas interessou pouco (tal como os credenciados 69 golos no ano civil não chegarem para os recordes de Muller e Pelé que os 92 golos de Messi em 2012 bateram de largo) se o seu golo em Valencia foi em fora-de-jogo de resto apanhando quatro madridistas no total;
- Mourinho empatou no Arsenal, uma festa porque nunca perde com eles sem importar o contributo retranqueiro do costume para o 0-0, como se viu em finais de Agosto na visita ao M. United; mas mostrar muitas imagens do Chelsea e sonegar as imagens do penálti por marcar para o Arsenal e a entrada para expulsão de Obi Mikel sobre Arteta não é de certeza obra do acaso.
E se a RTP nos traz os figurantes maiores do seu presépio de trazer por casa, enquanto a Judite entrevistava, com o seu choro pessoal por questão passional, a "nova directora" da TVI Cristina ri-te, ri-te e voz mais aguda que a outra maluca Querida Júlia da estação (ou é da SIC?), o João Gonçalves vai escrevendo o resumo da coisa:
"Não admira que as audiências do "cabo" aumentem enquanto a dos canais generalistas e seus derivados diminuem. Nestes reina a endogamia e o ensimesmamento. Os da "casa" entrevistam-se uns aos outros, entram nos programas uns dos outros, promovem-se uns aos outros, "partilham" uns e outros, com os espectadores que nada lhes pediram, as suas vidas mais ou menos "gloriosas", os seus "amores", as suas coisinhas. É deprimente, mesmo quando só há sorrisos idiotas no ar e, no limite, chega a ser repelente. No fundo parecem "casas dos segredos" em pseudo sofisticado. Ainda vamos ver um dia destes a dra. Judite, por exemplo, a entrevistar uma lampreia de ovos ou um leitão de Negrais gentilmente oferecidos pelo prof. Marcelo, o dr. da Ponte a apresentar o eurofestival da canção com a Furtado ou o recente desenho animado de Clara de Sousa a brincar com o homólogo de João Manzarra em torno do "regresso a mercado". Não se queixem". - no blogger que melhor escreve e tão bem retrata o Portugalório sempre cada vez mais Portugal dos Pequeninos.
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