16 dezembro 2013

De Frankfurt a Nápoles (com AVB?)

Com todo o respeito que merece qualquer equipa alemã, e apesar de o FC Porto deste momento não convencer nem assegurar o que quer que seja, o Eintracht de Frankfurt é um adversário acessível na transição para a Liga Europa com jogos em Fevereiro e o primeiro no Dragão; a seguir perspectiva-se o Nápoles à espera e aí, com o recordista de pontos eliminado da Champions, será seguramente o fim da linha em Março. Entretanto, com Villas-Boas despedido no Tottenham, sabe-se lá que treinador terá o FC Porto a partir de Janeiro (e já será tarde talvez...)?
 
Foi o 6º classificado da Bundesliga da época passada, com os mesmos 51 pontos do Freiburgo que agora não aguentou o grupo do Estoril (suplantado por Sevilha e Slovan apesar de ter ganho em Liberec). Mas a este nível a Bundesliga alemã é tão fluída que raramente se repetem as equipas do lote fora da Champions: ambas estão agora a lutar pela permanência e considerando apenas os jogos em casa ocupam até os últimos lugares sem qualquer vitória. Tanto que, para acabar em 6º lugar, bastaram os rubro-negros (como o Olhanense que vem já ao Dragão) ganhar 5 dos 17 jogos da 2ª volta. E esta época, apesar da vitória de ontem em Leverkusen (ganhou 3 jogos fora), o Eintracht de Frankfurt, que nunca defrontou equipas portuguesas, está à rasca na classificação, mantendo o treinador Armin Veh que já levou o Estugarda a campeão mas apenas saltou da zona de despromoção.
 
 
Para o Porto cheirar um bocadinho a glória, só mesmo a proximidade do Banco Central Europeu na capital financeira da Alemanha...
 
Já a antevisão de um duelo com o Nápoles, 40 anos depois do duplo 0-1 com os italianos na Taça UEFA, é de um grau de dificuldade elevadíssimo e seguramente condenado ao insucesso, dado o potencial da equipa de Rafa Benitez que é claramente de Champions e deve chegar para o Swansea de Laudrup.
 
Nem se propunha no sorteio um duelo nos 1/8 final com o Benfica, que terá dificuldades ante o aguerrido PAOK a quem já eliminou por golos fora mas tem uma eliminação com os salónicos do Aris na sua história e normalmente saem tragédias gregas. O Benfica se passar deve ter o Tottenham (defronta o Dnipro) a seguir já sem AVB hoje demitido, a quem não bastou ganhar o grupo só com vitórias e ter chegado aos 1/4 final da Liga Europa na época passada (eliminado pelo Basileia nos penáltis).
 
Não podia haver dérbis nacionais nesta fase, mas na seguinte há três em perspectiva, ainda que o mais notável seja o mais expectável de suceder, passando Juventus (face a Trabzonspor) e Fiorentina (com o Esbjerg) como é de antever. Já um Odessa (defronta o Lyon) com o Shakhtar (mais favorito ante o Viktoria Plzen) é menos provável e menos ainda um dérby sevilhano, pois se o Sevilha pode afastar o Maribor já o Bétis não deve aguentar com o Rubin Kazan que há um ano afastou o detentor Atlético de Madrid.
 
Na Champions, de novo Arsenal-Bayern como há um ano e Mourinho volta a defrontar Sneijder e Drogba no Galatasaray, agora pelo Chelsea e há um ano pelo Real Madrid que toma o Schalke desta vez. Man. City-Barça é o outro jogo grande a par do Arsenal-Bayern decidido há um ano pelos golos fora e com vitórias forasteiras (3-1 em Londres e 2-0 em Munique). Mas a TVI e os parvinhos da ordem devem dar enormes destaques ao Chelsea e ao Real Madrid como se o mundo da bola acabasse em Badajoz saído do saloio TGV do Poceirão...
 
Isto agora vai acalmar, apesar de o fantasma de AVB pairar a sério por aí.
 
Ontem, voltámos a ver o Porto confuso num sistema de jogo difuso em que nem o pobre Preocupações Fonseca confirma as alterações que todos vêem: mais um 4x3x3 que o 4x2x3x1 que ele diz não ter mudado, com Lucho ainda à frente mas mais descaído na ala enquanto Licá passou a apoiante próximo de Jackson partindo do flanco e com Carlos Eduardo sem fazer parelha com Fernando, mais a fazer de Defour na época passada e com Lucho no lugar que era de Moutinho, numa nova configuração do sector nevrálgico que não acerta com a enésima experiência e com o reiterada teimosia de julgar num mundo de Produções Fictícias.
 
Enfim, nenhumas perspectivas de melhoras e muitas sombras negras no horizonte, uma ou outra algo ruiva para destoar mas deve ser do Natal.

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