18 dezembro 2013

Slimani, Padrezeco qualquer e o esquecido Bolat na RTP da virgem de Gaia

A RTP, da mediocridade ética, moral e técnica de sempre salvo o cuidado a ter com a reverência ao centralismo regimental do malfadado País onde foi criada, hoje brindou-nos com duas pérolas de noticiário desportivo.
 
Um polaco qualquer que ninguém ouviu falar e nem sabe escrever o nome conseguiu ter golos para apresentar-se num telejornal parece que produzido no monte da tal virgem ofendida sentida por alguns portuenses igualmente reverenciais para com tudo o que é Lisboa. O próprio nome do clube do incógnito polaco, Heerenveen, já uma vez foi notado por haver jornalistas que nem sabiam com quantos "e" se escrevia, apesar de ter jogado com o Benfica numa prova avulso qualquer. Mas o Priztek ou Padrezec qualquer conseguiu que alguém esgravatasse uns golos perdidos nas brumas da liga holandesa, o que é notável do afã de mostrar serviço,
 
Por sinal, o Slimani de que ninguém ouviu falar e é suplente no Sporting teve honras de ser apresentado no telejornal do monte da tal virgem em Gaia pela cerimónia argelina em que recebeu o troféu de melhor jogador do País que poucos portugueses saberão ter-se qualificado para o Mundial e os poucos portugueses que saberão deste futebol magrebino nunca ouviram ou viram notícias de jogadores de renome igualmente premiados na Argélia, de Rabah Madjer a Tarik Sektioui. Mas um prestimoso jornalista lá foi talvez à internet desenterrar das margens do deserto um pote de ouro para brindar ao serviço público prestado aos lisbonenses.
 
Pensar que o guarda-redes Bolat, contratado pelo FC Porto no Verão (para a esperada situação incógnita em que vive e o absurdo de ocupar o lugar de um 3º g.r. que devia por força caber a um jovem formado em casa), marcou um golo na Liga dos Campeões há pouco mais de dois anos mas a RTP então não deu imagens desse lance invulgar (Standard-AZ, 1-1) nem sequer informou desse feito, diz tudo sobre a raridade que é tanto o serviço público da RTP, mesmo a do monte da tal virgem cheia de pecados que alguns nortenhos não abdicam para terem mais um palco onde se pavonearem, como da falta de meios que deve acudir em tempo de férias...
 
Tudo somado é apenas mais do mesmo e saldo zero de credibilidade e honorabilidade e mais um exemplo da faceta comum deste País que há muito deixou de navegar pelo mundo todo e se concentra no quintal lisnonense em cuja idiossincrasia se inspirou e nele ainda vegeta, apesar da contribuição forçada e coercivamente aplicada a cada conta de electricidade do mais vulgar cidadão dos lugares mais recônditos do rincão tuga tão esconsos quantos os cantos onde se descobrem as pérolas que abrilhantam noticiários de Sporting e Benfica.
 
É evidente que estas coisas sucedem, entre muitas outras, não só à custa dos contribuintes mas de quem, seja corta-relvas ou maduro da treta e ex-vendedores de cervejas ou gestores avulsos em fábricas de alfinetes ou alcatrão das autoestradas, usa e abusa dos dinheiros públicos. É por isso que todos querem ter o Estado como patrão e a chupeta súcia e xuxialista servir ao maior número de chorões, mamões e coirões.
 
O mais engraçado é que em Lisboa queixam-se de serem mal servidos e de a RTP ter um monte de defeitos. Para os portuenses já mais um, o de ser alegadamente virgem...

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