02 dezembro 2013

Jesualdo foi ao Dragão provocar o último despedimento (Fernandez)

Parece que Preocupações Fonseca não foi demitido. Sábado o FC Porto recebe o Braga, de novo com Jesualdo Ferreira.
 
Em 2005, em finais de Janeiro, o Braga ganhou 3-1 no Dragão e foi o último jogo de Victor Fernandez no FC Porto. O último treinador, "muito recomendado" por Pinto da Costa, a passar três jornadas sem ganhar no campeonato, na viragem do ano (Marítimo, Rio Ave e... Académica), depois de três empates de entrada (Braga, Leiria e Estoril) com um na Champions de permeio (0-0 com CSKA). O Produções Fictícias, e os pantomineiros da SAD e dos blogs seguidistas da "infalibilidade papal", têm com que se preocupar. O pior nem é os resultados, mas o mau jogo frente a adversários da metade inferior da tabela, então como hoje. Mas que se via, ainda, ao tempo em que a equipa ganhava.
 
Não é um bom ou mau presságio, apenas uma história das contradições do futebol portista que alguns títulos foram fazendo esquecer aos mais bonzos do regime baseado(s) na infalibilidade papal. Que é de papel.
 
Uma contratação. A de Jesualdo estava ainda para vir, de Braga. Sucederia a Adriaanse.
 
A contratação de Fernandez, para os bonzos que se esquecem do que é a volubilidade papal, foi aureolada com a reportagem de A Bola a seguir desde Vigo o trajecto, em exclusivo, da viagem automóvel do técnico espanhol com Pinto da Costa.
 
O FC Porto foi sempre capaz de surpreender, até os seus adeptos.
 
Haverá aqueles que tanto acreditam que por se mudar um treinador a meio da época nunca o FC Porto foi campeão, como um anátema para a eternidade. Serão os que confiam que tochas lançadas contra Adriaanse, em Janeiro de 2006, acabaram por trazer uma dobradinha.
 
E aquela derrota com o Leixões, com adeptos a atacarem jogadores no final, marcaria uma época que também trouxe uma dobradinha.
 
Os mesmos pategos, venerandos de sua santidade, que julgam ser a contestação ao treinador do FC Porto do mesmo género da que viveu Vítor Pereira.
 
E que se a SAD segurou VP foi por reconhecer, e é verdade, que o plantel foi sendo enfraquecido: primeiro Falcao em cima do fecho do mercado, depois Hulk, que VP aguentou e superou. Mas sempre houve um pedigree nos treinadores. Hoje há um rafeiro que nem é Bobby nem Tareco, mas a culpa é certamente do dono, que espoliou de novo o plantel - e contra isso nada, é uma forma de gestão que se aceitou nos outros anos e não se pode contestar agora - mas desguarneceu completamente o cuidado com o treinador... porque como nos casos anteriores torpedeou os treinadores capazes que teve ao dispor.
 
Com Preocupações Fonsecas também é tudo a dobrar. Mas ninguém vislumbra títulos.

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