04 outubro 2013

Iliteracia competitiva

Infelizmente, muitos portistas não percebem que a falácia do jogo actual da equipa de Preocupações Fonseca é igual à do Benfica mais ou menos renovado de Jorge Jejum.
 
E que a Imprensa só muito ao de leve retrata o futebol portista, comparativamente a este título arrasador como qualquer um que ao longo dos tempos tenha indignado adeptos portistas que assobiam para o lado ao não serem justamente severos para com os seus como se aliviassem a sua dor com a miséria da exibição do Benfica em Paris.
 
Esta capa agressiva mas adequada à tragédia nem capta, obviamente, a diferença do jogo portista há um ano face ao mesmo PSG que em meia horita cumpriu o frete de remeter o Benfica para a mais absoluta indiferença. Mas se fosse aplicada ao FC Porto não se perdia nada nem era injusto - mesmo que o desempenho portista nesta ronda europeia tenha estado uns furos acima do benfiquista, sendo que Atlético e Paris SG terão a mesma valia futebolística, e de valor facial (diferente do de mercado de transacções de jogadores), logo são passíveis de comparação.
 
Talvez seja por este tipo de pasquins sentir a dor como sua, o que não é despiciendo recordar. Mas o sublinhado de "FALÊNCIA TÁCTICA" torna tudo mais grave, depois da falência técnica em matéria financeira que estará subjacente. Depois o conformismo de Jorge Jejum adequa-se ao estado miserabilista, embora concorde, eu, não dever olhar tanto para o resultado, como o técnico grunho que quase parecia ir bater no jornalista, mas preocupar-se mais com a exibição. E estas não têm sido bem observadas pelos treinadores do Benfica e do FC Porto. 
 
Em resumo, comparativamente, o FC Porto consegue estar melhor do que o Benfica, como vem sucedendo no campeonato, sem deixar de estar em CRISE como o rival. O 1-2, mesmo em casa, pode ser tão penoso como um 3-0 fora. Porque nenhuma das derrotas tem atenuantes ou estimulantes, se vistas pela perspectiva apenas do que correu bem - como ao FC Porto mas apenas em 1/3 do tempo.
 
NB 1 - registei que o pé de microfone da TVI em Paris lembrava a Jesus a "excelente campanha europeia da época passada", uma falácia que pode repetir-se sempre que haja repescagem para a Liga Europa em que um 3º lugar na Champions é só circunstancialmente escabroso mas pode ser superado por um miserável subterfúgio regulamentar que a todos devia envergonhar e não, capciosamente, servir para desviar atenções. Esse factor estranho e irritante permitirá ao Benfica continuar no Pote 1 para o ano, enquanto o Porto descerá para o 2.
 
NB 2 - tivemos vários lances "irregulares" por "milímetros": a precisão milimétrica da avaliação, que eu não consigo descortinar para além de relevar a referência protectora devida a quem ataca e faz praticamente parte das Leis do Jogo como recomendação primordial e preferencial, é inversamente proporcional à enormidade estupidificante de quem acha os golos de Arda Turan e de Ibrahimovic (o 1-0) em fora-de-jogo. Para mim são regulares sem dúvidas, da mesma maneira que foi o golo de Moutinho ao Málaga na época passada. Crime é anular golos assim, de resto todos bem marcados em consequência de bonitas jogadas e passes magistrais. Mas até os árbitros-comentadeiros embarcam em conversas da treta como se não soubessem nem as regras nem quando lá andavam amiúde a meter mesmo nojo com o apito na boca antes de falarem, como agora, desbragadamente...

(CT) NB 3 - Parece que descobriram a pólvora mas só porque a internet ajuda quem não tem memória nem vida. E, contudo, foi o sueco Brolin que marcou um golo assim no Mundial'94...

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