14 outubro 2013

O caldo entornado dos prevaricadores

Estive fora alguns dias sem ver net nem apanhar sequer capas de pasquins. O PAYOFF (sem "l" propositadamente) terá de ficar para amanhã, confirmando-se o 2º lugar que cedo vaticinei para o treinador habituado a isso. A actualidade não é a Selecção sequer, embora outro aspecto marginal ocorrido no antro do crime costumeiro também não seja surpresa.
 
A agressão de que foi vítima Nuno Marçal, só pelo facto de ter representado o FC Porto, é só mais um caso dos muitos que soterram o monte de esterco cimento rodeado de barracas e capelas várias de baixa índole. O facto de não merecer parangonas nos jornais da capital, como noutras ocasiões em que houve alegadas vítimas em incidentes por comprovar, vem confirmar o cheiro nauseabundo que emana da capital. Ninguém consegue imaginar quão diferentes seriam estas capas se os perpetradores e as vítimas fossem, digamos, ao contrário... Nada disto é novo: por aquelas andanças e matanças já Proença perdeu uns dentes; agora avançaram para a sopa; o próximo está feito ao bife e isto está cada vez mais caro. Os grunhos, claro, assobiam para o lado. Os responsáveis (FPB, LB, PSP) para o outro.

 
Daí ficar também aqui o registo da podridão a que isto chegou sem que conste, ao final da tarde do day-after, um pedido de desculpas do "clube organizador" que há escassos meses pugnava pela segurança de atletas seus para a final four do hóquei em patins europeu e fez uma mise en scène lamentável de preconceitos e atavismos sobre o Dragão onde até acabaram vitoriosos e sem fantasmas nem a temida pancadaria.
 
Como diria Vítor Pereira, "O BENFICA É ISTO". E nem tal rótulo descola, nem a marca distintiva e o carimbo aferretado se dilui, ultrapassando um mero "tatoo" que teima em não se apagar.
 
Uma vergonha que as tv's por exemplo silenciaram por completo. Hoje não ouvi nada. Só voltei a ter nojo. É que, entretanto, tudo isto está fresco na memória, para não falar em casos idênticos ocorridos na Luz com agressões bárbaras a hoquistas do FC Porto e autocarros de adeptos portistas incendiados.


 
 A propósito de segurança, para aquelas bandas onde não há Noites Brancas, só Elefantes Brancos e fauna do género, isto é assim a modos de muitas manifs recentes em escolas que os pais fecham a cadeado e têm as câmaras para as trivialidades e os pés-de-microfone para o mesmo sentido de serviço que se vê na bola indígena. Ah, mas a bola de cá é o espelho ou reflexo da sociedade, a dizer da Educação. Pois os pais que se preocupam com telhados de zinco e amianto nas placas de fibrocimento devem estar satisfeitos por a sua cruzada dar resultados seguros. Não por acaso, de Massamá a Alto dos Moinhos é sempre ao mesmo. Gente boa i quinduca.

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