É claro que o Barça, agora que falou, põe Madrid em sobressalto e não só pela superioridade esmagadora que os de Guardiola têm tido sobre os merengues de Mourinho, mesmo nos despiques directos e em pleno Bernabéu.
Por cá sabe-se como, no futebol e na política, a subserviência campeia sem vergonha, os media estão reféns dos interesses dos seus patrões que os usam para outros "jogos de tabuleiro" e vários interesses que não a boa Informação desportiva, a credibilização que garanta a vitalidade do título, uma imagem perene de confiança e respeito e vendas que não hipotequem o futuro. Tal como no futebol jogado, tudo em nome do que chamam "el respectable", o público da bola, do estádio e das bancas de jornais. Mas não só estão reféns disso, cá. E nem todos. O Público continua a cheirar a só cretinismo que arrepia e, contudo, o patrão Belmiro só queria ver o socialismo de pacotilha dos últimos seis anos pelas costas e bem longe. Os pasquins ditos desportivos cá da parvónia, além de adequadamente paroquiais na linguagem destinada ao público-alvo que é o que é, só se armam em valentes com os mais fracos e ao mais forte desprezam em nome de um mercado no qual as vendas caem a pique só a par da perda de credibilidade generalizada e incontornável.
Tenho referido aqui alguns casos de mesmo os jornais de Madrid não escamotearem como o Barça tem sido prejudicado pela arbitragem esta época. Além dos casos citados por Alfredo Relaño, que me parece um tipo equilibrado e justo mesmo que "precisando" de vender os clubes de Madrid, muito acima do nível ronceiro da Marca talvez por este jornal de há muito estar mergulhado em "vassouradas directivas" que o descaracterizaram apesar da liderança indiscutível de vendas no país, ainda falta o golo mal anulado a Messi em Getafe. O Barça não perdeu só "quatro pontos", mas sete, e mesmo descontando "lo de Anoeta", como diz o director do As.
Reparem, contudo, no desassombro com que um importante, conceituado e reconhecido director de um jornal desportivo fala do tema que levou ao topo da capa as declarações de Xavi. O melhor construtor de jogo do mundo há quatro anos seguidos também disse o que disse de forma desassombrada e frontal como sói ser em Espanha dentro e fora do campo por treinadores, jogadores e jornalistas.
Resta saber duas coisas: se o Barça precisou mesmo dos erros dos árbitros pontualmente a seu favor para se guindar ao estatuto de melhor equipa de sempre do futebol mundial, do que pode inferir-se das declarações de Xavi mas não nesse sentido lato e tão amplo; ou se os erros dos árbitros, hoje para o Barça e noutro dia para o Madrid, são meramente casuais, como acha Relaño, para além de assumidos pelos mesmos árbitros sem problemas/receios de se equivocarem.
Eu posso compreender um ou outro erro de um árbitro, avaliando-o no momento, mas não uma tendência. Uma tendência é uma marca, perdurará ou não mas releva uma trajectória inconfundível e decerto não casual. É como um gráfico, com linha bem definida ou barra claramente acima da média. Mesmo que seja uma questão de percentagem reduzida numa variação cambial ou crescimento de procura ou de relação de preços, às vezes a curva acentuada parece assustar, mesmo que seja por umas décimas. Causa impressão, tem um impacto visual mesmo para um leigo na matéria.
Tenho insistido num tratameto disciplinar, e de mera marcação de faltas em barda, dos árbitros em desfavor do FC Porto que em jogos mesmo com equipas de menor nomeada tem assinaladas muitas faltas e faltinhas. Não houve muitos casos clamorosos de influência nos resultados, à parte o caso de Olhão, apesar de ter sido numa vitória com o Marítimo que Pinto da Costa se "atirou" a Duarte Gomes como gato a bofe.
Da mesma forma, Xavi saiu a condenar uma tendência já marcante, depois de mais um penálti negado ao Barça que tornou o jogo com o Bétis muito difícil e resolvido quase no fim. Mas falou após uma vitória. Sempre disse que é nessas alturas que mais se deve falar de arbitragens. Mas nunca calar nas outras ocasiões quando os erros são flagrantes e persistentes. Esta tónica é que preocupa. Cá e lá. O Barça já não se cala, como era pedido há dias no Sport,, de Barcelona. Porém, agora até Stoichkov põe o dedo na ferida e comenta a opção catalã de "falar menos e jogar mais"
E estamos em vésperas de um duplo clássico Madrid-Barça para a Taça do Rei. O único troféu - com o golo de CR7 na final de 20 de Abril em Valência, no prolongamento, a Pinto que faz a capa do As acima - que o Madrid de Mourinho conseguiu sacar das mãos do Barça à custa de uma arbitragem desonesta e bafienta a permitir toda a violência de Pepe e Cª contra Messi e Cª.
Um clássico que já tem árbitros nomeados para os dois jogos, amanhã e na 4ª feira seguinte, um deles, Teixeira Vitienes, para a 2ª mão depois de um roubo descarado ao Barça em Getafe (golo mal anulado a Messi) e que já em San Sebastian na época passada lhe anulou um golo limpo antes de a Real Sociedad ganhar ao Barça e interromper o recorde de 28 jogos sem perder.
Não há como falar na hora e parece que até aqui Xavi soube impor o "jogo" do Barcelona. E por já tudo passar das marcas toleráveis. Falta saber se Pinto da Costa voltará a chatear árbitros como Pedro Proença - que foi ruim para o FC Porto em Alvalade - mais preocupados com os investimentos que os dirigentes devem justificar perante os seus sócios e uma eventual derrapagem desportiva do que em justificar como os árbitros erram sempre em linha com uma tendência de impunidade dos clubes da capital.
¿Por qué este cambio? ¿Por casualidad? Para algunos, los árbitros se equivocan sin más y lo mismo te toca para bien que te toca para mal. Para otros, entre los que me encuentro, los árbitros tienen, según cuándo, dónde y contra quién, mucho o poco miedo a equivocarse, porque saben que los que llegan lejos son los que se equivocan de la forma que conviene. Hasta hace nada había mucho miedo a equivocarse contra el Barça. Ahora ya no hay tanto y se nota., escreve Relaño.
Os árbitros sabem como, quando e onde convém errar? Assim, sem ser por acaso... - e enfie a carapuça quem quiser, eu subscrevo e tenho-o dito.
¿Por qué este cambio? ¿Por casualidad? Para algunos, los árbitros se equivocan sin más y lo mismo te toca para bien que te toca para mal. Para otros, entre los que me encuentro, los árbitros tienen, según cuándo, dónde y contra quién, mucho o poco miedo a equivocarse, porque saben que los que llegan lejos son los que se equivocan de la forma que conviene. Hasta hace nada había mucho miedo a equivocarse contra el Barça. Ahora ya no hay tanto y se nota., escreve Relaño.
Os árbitros sabem como, quando e onde convém errar? Assim, sem ser por acaso... - e enfie a carapuça quem quiser, eu subscrevo e tenho-o dito.
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