A equipa não acusou a falta de Hulk e deu mais um passo na sua evolução. No onze provável jogou Defour em vez de Belluschi, o prudente Vítor Pereira não arriscou logo e só a meio meteu Danilo: estreou-se a render o belga e o argentino substituiu James com Souza por fim em vez de Moutinho. Sem sobressaltos de maior, pelo menos a equipa não os causou, apesar da valentia vimaranense pela sua pujança física no ataque a causar choques perigosos.
Kléber correspondeu mal quando solicitado enquanto homem na área, mas esteve bem jogando fora dela, tabelando com colegas e até assistindo Moutinho para o 2-0 logo após o intervalo. Talvez tenham dito a Rolando que havia um troféu qualquer para o marcador do primeiro golo e ele lembrou-se dos dois da Supertaça aos minhotos, finalizando com uma categoria que muitos suspiram de um dia ver em Kléber. James rematou a faena - com alguma tourada pelas investidas amiúde ao homem dos visitantes que confudem arena com cultura em que se entusiasmam enquanto Capital Europeia - com um penálti tão bem marcado quanto indiscutível.
Problema maior, porém, foi a arbitragem, com um golo mal anulado a Defour na 1ª parte: o belga estava em linha aquando do remate de Moutinho, para mais há um ressalto posterior entre defesas vimaranenses (como o golo de Capel ao Moreirense) que não podia "pô-lo" fora-de-jogo mas o liber precipitou-se na primeira avaliação à jogada original; mais um livre inventado do qual nasceu, em recarga, o golo forasteiro, e o amarelo pela falta inexistente que impede Fernando de jogar em Barcelos.
No resto, um jogo tranquilo do FC Porto, boa circulação, Fernando imenso no meio, Moutinho a demorar a acertar o passe mas depois a empurrar todos para a frente, Varela parece renascido, sim, talvez em honra do bebé a quem dedicou o golo ao Estoril na 4ª feira, Kléber esteve mais em jogo fora do que dentro da área e Maicon está um senhor lateral-direito, o que também vai causando engulhos a muitos que ainda não devem perceber, passado todo este tempo, a evolução na continuidade e a sobrevalorização do colectivo que Vítor Pereira implementou e parece que de vez, pois sai tudo com muita naturalidade é é um sinal evolutivo evidente a par da superior segurança e confiança do jogo fluído que já parece sair de olhos fechados. Falta a qualidade de Hulk, claro, como de Falcao, flagrante, mas está tudo a entrar nos eixos, o que se consegue com o tempo e o feliz acerto de todos num momento de comunhão de esforços em altura ideal para o arranque na recta decisiva para o título. E, assim, mesmo com alguns inconvencidos, o público também correspondeu, alegrou e parece mais relaxado e menos agreste e de cenho franzido. Uma boa noite no Dragão.
adenda: a pedido do Fernando B, com toda a razão e plenamente justificado, além do monstruoso jogo do Fernando deve acrescentar-se o infatigável Álvaro que arrasa em todo o flanco, de tal forma que a maioria dos cruzamentos não sai na devida conta. Falar de Álvaro a jogar bem, sempre na mecha e capaz de fazer mais jogos seguidos do que qualquer elefante com pilhas Duracell, é uma redundância. Salvo quando, na fase de todos estarem mal, ele ter estado mal. E, como para todos, muitos acharam que foram as sereias do mercado. Essas, que me lembre, nunca seduziram Fernando. De resto, para se dar conta de Álvaro, esfusiante como sempre nos habituámos a ver, é conveniente ter em conta que quando sobe a sua retaguarda não fica vulnerável. Há compensação defensiva de alguém (Defour no caso) que o deixa ir e lhe poupa as costas. Isto chama-se... jogo colectivo, caro Fernando B. Por isso não queria fixar-me muito nas acções individuais, mas é justo que Álvaro mereça também uma meñção honrosa, como fiz para Fernando, acompanhada do cuidado posto em jogo por Defour, tacticamente hábil e que permite tudo isto, na parte que lhe(s) diz(em) respeito, nesse flanco, que se chama jogo colectivo. Insiste VP e eu também. Estamos de acordo?
adenda: a pedido do Fernando B, com toda a razão e plenamente justificado, além do monstruoso jogo do Fernando deve acrescentar-se o infatigável Álvaro que arrasa em todo o flanco, de tal forma que a maioria dos cruzamentos não sai na devida conta. Falar de Álvaro a jogar bem, sempre na mecha e capaz de fazer mais jogos seguidos do que qualquer elefante com pilhas Duracell, é uma redundância. Salvo quando, na fase de todos estarem mal, ele ter estado mal. E, como para todos, muitos acharam que foram as sereias do mercado. Essas, que me lembre, nunca seduziram Fernando. De resto, para se dar conta de Álvaro, esfusiante como sempre nos habituámos a ver, é conveniente ter em conta que quando sobe a sua retaguarda não fica vulnerável. Há compensação defensiva de alguém (Defour no caso) que o deixa ir e lhe poupa as costas. Isto chama-se... jogo colectivo, caro Fernando B. Por isso não queria fixar-me muito nas acções individuais, mas é justo que Álvaro mereça também uma meñção honrosa, como fiz para Fernando, acompanhada do cuidado posto em jogo por Defour, tacticamente hábil e que permite tudo isto, na parte que lhe(s) diz(em) respeito, nesse flanco, que se chama jogo colectivo. Insiste VP e eu também. Estamos de acordo?
Zé Luis,
ResponderEliminarSerá possivel nem uma palavrinha sobre o Alvaro ??? Há melhor ???
Análise correcta ao jogo , gostei muito do jogo de equipa e de tudo o mais , mas gostava de saber porque razão não se compra o tal ponta de lança!
ResponderEliminarHoje foi um medio e um defesa a desquilibrar apesar da bela assistencia de Kleber no segundo golo ...
Cem por cento de acordo, com o Post e com a Adenda. Esta sim a verdadeira concertação, sem meias palavras, nem jogadas escondidas...também não somos politicos !!!
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