07 janeiro 2012

Empate sabe a pouco com arbitragem que não em...Polga a não ser proteger os bebés Cerelac

O costume em Alvalade, arbitragem miserável do ponto de vista disciplinar a proteger o Sporting, o FC Porto assenhoreando-se do jogo com presença em todo o campo e acções coordenadas mas sem boa definição no último terço, empate a saber a pouco com Pedro Proença mais receoso de levar nas trombas outra vez num qualquer corredor de centro comercial - a grande ameaça latente, qual espada de Dâmocles para além de os apitos não poderem desagradar aos senhores de Lisboa com a cumplicidade do periodismo local. E bem pior do que as tenebrosas imagens do túnel dos visitantes que deixaram o Público à entrada com a esfarrapada desculpa de não ter pedido credencial - estes viscondes e jornalistas associados atrelados aos interesses dos clubes dali têm uma elevação tão ímpar que a equipazinha de trazer por casa não pode obviamente atingir numa agremiação que se diz tão "diferente"...

O FC Porto esteve sempre cómodo na partida, o Sporting sempre receooso na sua defesa pelas incursões de Hulk no meio a que faltou um Belluschi mais afoito no apoio directo. Corredores estanques, nada de Capel e muito pouco Carrillo, Fernando enorme e sem sombra de pecado na sua zona, Moutinho a chegar e sobrar para Schaars e Elias. Faltou, como previsto, um organizador de ataque ao Sporting e Matias só deu fogachos no final, mas acima de tudo mais acutilância portista pelo centro onde era expectável ter bolas nas costas dos centrais da casa para Hulk aproveitar. Mas faltou, sobretudo, um juiz à altura, aparecendo um rasteirinho, sem acção disciplinar consentânea do árbitro acobardado, como é costume em Lisboa, sem punir com cartões, e duas expulsões, faltas que deram cartão a portistas por lances idênticos.

O ligeiro empurrão de Otamendi a Carrillo deu cartão, mas um igual de Polga a Hulk, que era vermelho por ser o último defensor, nem falta teve por faltar a coragem de expulsar o capitão leonino. Acabou por ver um amarelo numa das muitas faltas sobre Hulk mas longe da área, junto à lateral. Faltas à entrada da área não tinham cartão, como não tiveram para um segundo amarelo a Elias que reincidiu, ainda, em mais faltas a meio-campo. Hulk viu amarelo por protestar mais uma falta de Polga que não teve amarelo (segunda vez poupado a expulsão). Wolfswinkel protestou e não viu amarelo.  merda de arbitragem do costume, mesmo que seja amanhã muito elogiada pelos comentadeiros do regime, os amigalhaços do sistema protector das equipas lisbonenses - já em Vila do Conde o Sporting foi poupado a duas expulsões, também o marrão Javi Garcia foi poupado a expulsão no Benfica em Guimarães - e os efe-erre-á da porreira arbitragem nacional que até vai ao Europeu. Não saímos disto, infelizmente, por mais pintado que seja o apito!
Também amanhã não devem faltar melhores notas e apreciações aos jogadores da casa, ainda que tenham ficado remetidos ao futebol de repelões com bolas longas para os extremos bem secados por Maicon e Álvaro e sem apoio dos seus laterais pelo trabalho defensivo de Djalma e Cristian Rodriguez. A verdade é que o Porto teve os mesmos 4 cartões amarelos que teve o Sporting mas cometendo menos 60% de faltas. E duas ocasiões de golo leoninas, na parte final, sobrarão para exaltar o "crescimento" dos bebés da Cerelac mas aos quais falta ainda a etapa de comida sólida e substancial e ainda mais para terem de comer muita massa para chegarem ao nível do FC Porto.
Nem nas bolas paradas o FC Porto vacilou, apesar de um cabeceamento isolado de Polga que Helton defendeu bem. E obrigou Rui Patrício a mais trabalho e na iminência de sofrer um golo a acabar, com remate defendido por... Otamendi. Hulk obrigou Patrício a defesa apertada, numa rara ocasião de lance individual quando a tónica foi o Porto jogar controlado no meio-campo adversário e criar envolvimento nas jogadas junto à área a que faltou um passe de rasgo e o rasgo de génio em remate, mesmo também de bola parada que Maicon e Otamendi falharam em posição frontal.
Sempre mais Porto, mas impedido pelo árbitro de superioridade numérica. As substituições não melhoraram a equipa, que esteve sempre muito bem posicionada e confortável em todas as acções, menos lúcida no ataque. James, em especial, entrou mal e o Porto acabou como sempre em Alvalade, a remoer o critério disciplinar do árbitro e com a sensação de sempre ser prejudicado em Lisboa.
Neste sentido, o 53º jogo sem perder a igualar o recorde de Robson é insignificante mas denota o poderio da equipa que soube impor-se em Alvalade mais uma vez, apesar do árbitro da cartilha habitual.

2 comentários:

  1. com remate defendido por... Kléber.
    Não foi Kléber foi Otamendi.
    Excelente análise,concordo com tudo,
    fomos sempre mais Porto,e o arbitro foi um cabrão.
    Saudações portistas
    PORTO PORTO PORTO

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  2. Sim, já corrigi. Obrigado. Tinha visto na repetição que era Otamendi, mas fico-me Kléber, não sei porquê mas até é normal.

    Aroveito a ocasião para emendar.

    E, já agora, para salientar que, apesar de as substituições não terem mantido a dinâmica da equipa, pelo menos tiveram o condão de asseverar a aposta no ataque e a vontade de vencer. Devia tê-lo sublinhado na parte final.

    Aliás, a propósito disso vou fazer mais um post, mais tarde.

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