23 janeiro 2012

Os sinais, senhores!

Neste tempo, mais precipitado que apressado, em que depois dos pudins instantâneos e das máquinas fotográficas digitais temos o "like" ou "don't like" para exprimir mais um gosto que uma opinião que a maioria dos utentes não sabe fundamentar, não resta senão decidirmos e optarmos por descodificar informações e sensações praticamente ao nível de tuítar uma sentença num ápice e numa palavra ou meros pares delas.

A evolução na continuidade do colectivo montado por Vítor Pereira é um caso. A pouco mais de uma semana de terminar o "mercado" de Janeiro, ainda há gente que não só não percebeu que não vem um ponta-de-lança para o FC Porto porque não é urgentemente preciso e não há dinheiro para comprá-lo nem oportunidade para acertar na escolha, rejeitando-se e bem a situação de comprar por comprar. Resta ao treinador, cuja competência nesta situação não só complicada como limitada pelas opções tem sido evidente, trabalhar e exaltar o colectivo para obter resultados, enquanto muitos esperam brilhantismo como a única forma de chegar aos títulos que sobram.
Tenho marcado a este nível mais do que nunca a minha opinião, ao arrepio da quase totalidade da bluegosfera. Não por não achar que não é preciso um pdl, porque já desde a saída de Falcao que o vinquei e a inferioridade europeia do FC Porto ficou patente no comparativo negativo face às opções das outras equipas no grupo da Champions, inclusive o excelente Ailton do APOEL. Mas por perceber as condicionantes em que se movem os responsáveis portistas. Gostando ou não apoiando esta ou aquela opção, é dever de ofício, no caso para quem escreve, perceber porque se faz ou não uma operação. E não só resta pouco tempo, como o tempo que resta não chegará para ambientar um potencial novo reforço para uma área efectivamente carenciada. Uma carência que, também ao arrepio da maioria das opiniões, apontei logo desde o primeiro jogo na Champions e mesmo com Kléber assinando o golo (fácil) da vitória.
É claro que temos um risco, mesmo divagando como diletantes numa área imensa de compreensão difícil que nos chega de notícias normalmente avulsas e frequentemente mal alinhavadas e mal concebidas, também por falta de dados mas acima de tudo por falta de análise comparativa e competitiva que marque a diferença no notíciário desportivo tuga atreita ao clubismo e inclinada para o imbecilismo, servilismo e paroquialismo, passem as expressões. A última impressão que fiquei foi de estar em andamento uma fase de mudança da equipa com vista à próxima época, a meio com limpeza de balneário.
Da mesma forma, a minha opinião muito desagradável sobre Mourinho continua tão evidente a cada dia que passa quanto o segregacionismo das informações e imagens das tv's tugas que continuam, sabe-se lá porquê, a esconder os jogos do Barcelona e de Messi. De novo, desde ontem à noite e passando pela manhã de hoje, só a SIC dá imagens dos jogos do Barça e do Madrid. A pacóvia RTP, mesmo no ramo quebrado da Informação, já esta madrugada só dava o resultado do Barça em Málaga com emblemas dos dois clubes como se acrescentasse alguma coisa. E, ao lado, pude ver na SICN os três golos de Messi, mais uma vez nenhum de penálti, sendo o terceiro bem ao jeito de Ronaldo, mas o brasileiro Nazário de Lima.

Podem ver que Messi marca golos de cabeça como um poderoso avançado-centro de quase dois metros, além da especialidade de serpentear entre os defesas como Jardel voava sobre os centrais.
Quanto a opiniões, ganhe ou não títulos e eu penso que não ganhará, mas se ganhar algum é mais um motivo para a sua decisão, podem ver aí no link o que se acha em Espanha como Mourinho vai acabar a época em Madrid: fora. A bem ou a mal, com tristeza ou alegria (champanhe, nalguns casos, opina-se), com "pitos" ou gritos.  São sinais, senhores, da Natureza das Coisas.

De Ronaldo, em vez de mais dois penáltis, podem apreciar a troca de olhares com Xabi Alonso nos links do DN. Sobre os resumos do Barça disponíveis na SIC e desprezados pelas outras, escrevam aos provadores dos respectivos leitões que engordam à imagem dos seus cabotinos directores de Informa~ção e balde mar quejandos em editorias de mera carpintaria rústica de pregar adereços informativos pelas paredes nuas de uma Redacção que às vezes nem escrever direito sabe, quanto mais pôr imagens no ar...
Em Madrid, por exemplo, acumulam-se e parece já poucas dúvidas restarem a uma boa parte dos comentadores.

As tv's tugas dão a rama para entreter parolos e os frutos continuam na internet.

1 comentário:

  1. Depois de tudo o que diz,que mais se pode dizer, senão, estou de acordo consigo,só queria dizer que gostei de ver o toque de bola do Danilo.
    cumprimentos
    manuel moutinho

    ResponderEliminar