06 janeiro 2012

Depois de barrigada de futebol inglês, enfrentar o clássico com vontade de comer

EM AQUECIMENTO: só hoje à noite ouvi um pormenor precioso sobre a tanga das imagens perto do balneário. Como não sou totó e conheço o que as casas gastam, era música para ouvidos surdos o argumento leonino de Liga e UEFA terem "aprovado" o medo cénico ensaiado pelos lagartos. E se duvidava... tinha razão para desconfiar, porque não gosto de teatro e musicais deixo para os artistas. Já a SIC tinha garantido que a supervisão da Liga acontecera ainda antes das imagens lá estarem, mas isso é de gente impoluta, de grau nobiliárquico superior como se sabe. Paulo Pereira Cristóvão, de quem não fiquei bem impressionado quando antes do futebol o vi em funções de PJ ou similares em casos de faca e alguidar no Algarve, começa a ser notado e não só pelo corpanzil de "gorila" apto para cobranças difíceis...

Ah, o pormenor precioso, vi na RTP, foi a pergunta a Domingos sobre o tema ser interrompida pelo intrépido ex-repórter da RR ressabiada e cheia de lagartos, hoje director de comunicação leonina, um gordo cheio de prosápia. Impante na sua função de pára-raios, nem deixou a pergunta chegar a Domingos, remeteu logo para um comunicado.

Quando os clubes mentem, oficial e formalmente, em comunicado, no caso da "legalização" das imagens por entidades oficiais, é porque são clubes rascas e na Segunda Circular podem jogar a bola da ética e do "fair-play", além da transparência e coisas do género para encher a boca dos comentadeiros encartados....

Ora bem,

cheio de peripécias e imprevistos (resultados) em campo, o futebol inglês preencheu a lacuna natalícia da alta competição até vermos reatada a bola em Portugal com a taça da treta, os árbitros mafiosos do costume ao serviço dos clubes do regime com ou sem observadores e notas "artísticas" e os caceteiros encartados que vão do coice às marrada, enquanto a subserviência de certos clubes já é denunciada por dentro mas sem vergonha assinalável, tal a normalidade. É uma espécie de antítese da discussão parola da Maçonaria, subitamente à luz do dia e com escândalo, onde os tempos do só cretinismo maçónico, com o torpedear da Justiça a deixar amarrados os agentes e os expedientes judiciários, passaram como se nada fosse e como se os casos madiáticos de arromba não tivessem a marca dos gajos dos aventais e cozinhados - os ditos maçons, ou pedreiros em tradução livre que construíram, impunemente, o antro de corrupção que muitos lamentam mas é a realidade portuguesa nua e crua, pedreiros que, no vozeirão socialista tão impregnado na Imprensa de sarjeta cá da paróquia como o benfiquismo nos pasquins ditos desportivos, são hábeis a virar o bico ao prego, precisamente... De resto, como se sabe, aqui o pano de fundo é dos patrões da Imprensa e, no caso, a SIC e o Espesso fazem o jogo de Balsemão, diabolizando a concorrência da Ongoing e assim vamos going... Aliás, no tocante a virar o prego e nas várias pedreiras mediáticas por aí, não têm faltado poucas-vergonhas no cenário da Imprensa, onde já não se engolem sapos nem deglutem elefantes: é a própria autofagia a funcionar, comendo-se as entranhas com o inevitável prato de lentilhas a acompanhar.

Agora que o clássico aperta, com os clubes sem criarem ondas para bem do ambiente e Pedro Proença como árbitro consensual para a peleja sem preconceitos ou desconfianças, talvez possa falar-se de futebol a sério e com seriedade. Porque o FC Porto é líder e há 52 jogos não perde para o campeonato. Porque o Sporting criou uma dinâmica futebolística, dentro e fora do campo, que merece respeito e alguns elogios. Porque, ao contrário do foguetório e as aleivosias de outros clássicos em tempos recentes, este pode ser um grande jogo, desde que os intervenientes se alheiem do entorno em parte criado, com o acirrar de ânimos, por "certa Imprensa".
Assim, apesar de nunca saber, e até desconfiar do momento, como se apresentará o FC Porto em cada viragem do ano a deixar-me sempre de pé atrás, porque antecipou o seu jogo da taça da treta, atrevo-me a palpitar sobre o onze de Vítor Pereira, o que nunca faço:
Helton; Maicon, Rolando, Otalendi, Álvaro; Fernando; Djalma, Moutinho, James, C. Rodriguez; Hulk.
Não meto o Defour, por privilegiar a obstrução das alas e o belga não ter treinado e jogado nos últimos tempos. É um 4x1x4x1, por forma a defender as laterais onde flui o jogo leonino, com defesas de pendor ofensivo que não podem somar aos extremos endiabrados que o Sporting tem. João Pereira e Insúa devem ser travados por Djalma e o Cebola; Moutinho tem de ajudar a fechar a direita para não deixar Maicon exposto a Capel, que é o mais perigoso. Álvaro terá menos ensejo de subir, porventura pela ameaça de Carrillo. Pelo que, estancando o jogo leonino nas faixas, sobrará  o polvo Fernando e o pulmão Moutinho para dominarem o centro do campo, com James no apoio a Hulk. É importante que Djalma ainda cá esteja em vez de ir para Angola, pois já que é titular (Varela nem convocado foi) é para continuar a jogar, mesmo que seja esforçado mas pouco lúcido nas acções ofensivas.

O duelo duplo no meio do campo, frente a Schaars e Elias, também me parece favorável aos portistas, pois nenhum dos sportinguistas é construtor de jogo e chega junto do ponta-de-lança. Ou, então, um sai (Elias) e entra Matias. Resta saber se Domingos será inclinado para o ataque. Se ele fala, de véspera, em questões de detalhe, esse será importante para perceber a nota de andamento do jogo - não, com receio de perder, e dizer adeus ao título, não acredito que o Sporting arrisque jogar deliberadamente ao ataque. Até por temer ser apanhado em contra-pé. Mas em cada início de jogo é que se percebe o que pode vir a caminho...
De Hulk espera-se que aproveite a lentidão dos centrais leoninos, não tema as faltas de Polga e fuja ao americano Onyewu. James merecerá a atenção de André Santos, pelo que o raio de acção de Moutinho será importante, já que Fernando terá mais preocupações de resguardo dos centrais por causa das segundas bolas e da codícia de Wolfswinkel. Rui Patrício tremerá como sempre, mediante a pontaria dos atiradores portistas.
Sendo assim, para voltar ao desportivismo do futebol inglês, nada como esperar:

Che sera, sera
whatever will be, will be
the future is not ours, to see
che sera, sera!

2 comentários:

  1. mais que Moutinho, Djalma será muito importante para tapar Capel. não me importo de abdicar do flanco direito do ataque para fazer desaparecer o espanhol do jogo, porque não sendo genial é rápido e prático. e é um dos principais inimigos do futebol pensado do FC Porto.

    não estou com aquele gut feeling que gostava de estar para este jogo. mas acredito que podemos ganhar, com garra, inteligência e alguma manha. como eles, mas em bom.

    um abraço,
    Jorge

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  2. Espero que Proença não se deixe enganar pelas palhaçadas nojentas e pouco artisticas do capel, que sem ningume lhe tocar rebola pelo chão como se tivese sido atropelado por um autocarro em dia de greve!
    Já ao João Pereira, o jogador mais badalhoco de lingua do futebol português, pode ser que o Hulk o deixe sem fala!
    Vamos ganhar por 2 a 1, eh eh...

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