28 março 2014

Olhó Obama a entrar na Basílica de S. Pedro

Há muito deixei de ver debates de bola, apesar de indefectível; e evito reportagens de tv onde, como à espera da hora em que os polícias furavam as barreiras e subiam as escadas da AR aqui há dias, tudo em directo durante 2 horas de um não-evento, se procura saber se há incidentes: havendo reporta-se, não havendo, quase como se fosse a "notícia do homem a morder o cão", reporta-se também.
 
Obviamente, não ia ver as chegadas dos adeptos e as partidas muito menos. Também para que serviriam as observações se, à moda do Rascord, depois do assalto de uns "Casuals" na Praceta do Dragão, a culpa era dos adeptos do Porto vitimados pela falta de segurança a que os adeptos do Sporting se tinham, e conseguiram, proposto com pleno êxito?
 
Se no dia do jogo os telejornais, mesmo o da RTP às 20h e com directos talvez por causa dos potenciais incidentes, a uma hora de começar o jogo, abriram com a notícia do Porto-Benfica que ia começar em breve, que tal ver os telejornais sem abrirem com o Porto-Benfica já realizado e de resultado conhecido? Deixou de ser notícia de 1ª página, aquela que imaginamos existir até na informação televisiva que comummente chamamos "telejornal", hoje uma boutade e de tal modo indiferente que nem ligamos ao canal nem sabemos o nome de cada "telejornal": como os jornais, são quase todos iguais.
 
Isto é tudo um must dos distintos editores e directores de Informação, dos que ganham em números de cinco dígitos, mensalmente, sendo até capazes de separar o noticiário do jogo com o do outro jogo das meias-finais tratado à parte uns largos minutos depois, com intervalos para sopas, pobres, estatísticas e finanças de que não percebem um corno.
 
Pela manhã de ontem, já moído pela contínua repetição de notícias ouvidas na noite anterior e que em cada noticiário de meia em meia hora passam como se não houvesse amanhã nem sequer mais nada durante a manhã à parte o trânsito na Segunda Circular e na Calçada de Carriche (é com x?), fiquei sobressaltado com o directo que a TVI24 passava: a de Obama a chegar ao Vaticano nums visita oficial.

A moça, que podia declamar poesia ou vender sabonetes, lá dizia que Obama ia entrar na Basílica de S. Pedro que é ao que resumem o Vaticano e supõe ter como porta de entrada para todos a porta da igreja, enquanto o presidente americana cumprimentava dignitários e anfitriões e uma locução nos lembrava que Obama é "protestante". Vá lá que à frente da Igreja nunca está a Guarda Suíça ou a moça diletante ainda pensaria ser um desfile de moda nas Escadas Espanholas de Roma tal o garrido vestuário dos "soldados do Papa" e podia ser difícil compatibilizar o mais pequeno exército do mundo com o presidente do mais poderoso arsenal de armamento do planeta se não fosse perguntar para que quereria o Papa uma GNR à porta ainda que mais vistosa; ou que...
 
Deus nos livre!

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