Também Luís Castro ainda não percebeu a origem do fracasso desta época: juntar gente de muito pouco valor ao mesmo tempo. Não uso a expressão maçãs podres, e nem teria sentido pejorativo pois não questiono que os jogadores não sejam correctos, esforçados, profissionais. Mas ter muita gente fraca em simultâneo reduz a qualidade da equipa. Foi assim que o incompetente Preocupações Fonseca destruiu o "jogar" do FC Porto, com a conivência da SAD. Agora, o novo técnico, que é ponderado e não é distraído, lembrou-se de juntar Abdoulaye, Herrera e Licá, como antes se combinava Licá, Josué e Herrera ou...
Ora, não é preciso tirar um curso, nem de treinador, para perceber que com certa massa não se faz farinha. Ao intervalo lá teve de tirar Licá, que é um jogador de contra-ataque e não pode jogar em ataque continuado por pouco saber que fazer à bola em espaço reduzido e com defesas plantados. Meteu Ghilas, mas já vimos com o Belenenses que não pode jogar como extremo, a bola assim atrapalha um pouco. Depois, Herrera nunca saberá fazer um bom passe e a circulação de bola irá ressentir-se e o bom futebol, a servir a avançados bons, precisa de bola redondinha, bem recebida e bem passada mesmo que pareça uma definição crua no futebol que requer boa posse. E jogar com Abdoulaye Ba, é certo que foi em recurso, é como jogar não com 10, mas contra 12 porque o rapaz, claramente sem ter aprendido algo no último ano e meio, é um golo na própria baliza. Como em Alvalade, deixou o avançado contrário marcar à vontade. Pior é impossível!
Bem, se continuamos a meter gente forte e robusta só para encher o meio-campo não vamos longe. Quintero lá teve de entrar, desta vez por Defour que jogou uns furos abaixo do normal. Mas ver Ghilas de novo a flanqueador e voltando Kelvin a não ser utilizado começa a ser um caso de psiquiatria ou de polícia.
Se há que fazer gestão e cuidar das taças a jogar ainda mais vale saber deitar fora o pechisbeque do campeonato, há muito perdido pela incompetente SAD e lentamente triturado no lume brando de opções técnicas e tácticas desastradas e arbitragens do regime que, dignamente, salvam a honra do convento que lhes convém entre labaredas extintas no FC Porto e fogos de entusiasmo na "Emprensa" conivente com o andor lisbonense.
O potencial dos jogadores do FC Porto continua a não ser... potenciado. Luís Castro vai, sem querer, repetindo os erros do antecessor no banco, de má memória. Se voltar a precisar de jogar com Ba, bah, meta só 10 em campo ou tire o rapaz do Senegal se tiver de meter 11 mas troque-o logo. Não vale a pena, a época tem sido isto, com azares do caralho e muitos árbitros de merda, mas muito, muito mesmo por culpa própria. De um lote de jogadores que não é muito bom mas deve ser usado com critério para ser melhor do que parece, como defende o treinador. É que nem a água liga com o azeite, sendo dois líquidos nobres, saudáveis e elementares para a boa saúde humana, e o mix arranjado esta época é pior que vinho com borra que não se vê mas desconfia-se que está lá no fundo da garrafa.
O Sporting não joga um corno e vai com 8 pontos de avanço confiando que este futebolzinho da treta dará resultados mais do que um ano feliz. Não dará. Mas para o ano o FC Porto terá de fazer melhor. Pelo menos saber evitar juntar coisas que não se misturam. O segredo amiúde está nas coisas simples. E esta época já não tem mais nada a esconder nem a descobrir. Há jogadores muito fracos, outros subitamente valorizados, alguns ainda a merecerem cuidados e um, como Kelvin, simplesmente rejeitado. Um desastre, portanto. E anunciado.
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